terça-feira, 28 de agosto de 2012

Miyamoto Musashi


Miyamoto Musashi --> 宮本武蔵

Musashi (1584-1645) foi um grande samurai que viveu na era da transição da era feudal (quando usava espadas como arma) para o inicio da era moderna (as primeiras armas de fogo). Criador do estilo Niten Ichi Ryu (ou Hyoho Niten Ichi Ryu Kenjutsu), que era a técnica de lutar com uma arma chamada jitte, ou como alguns podem dizer bokutos. Hoje conhecida como Kenjutsu.
Miyamoto Musashi escreveu uma obra chamada “O livro dos Cinco Aneis”, que ainda hoje é comercializada, Eiji Yoshikawa escreveu um livro sobre a historia de Musashi, romanceada, separada em dois volumes, com no total 1808 paginas (que onde estou na pagina 1265), varias partes do livro de Eiji é ficção, mas recomendo ele por ser um bom livro sobre a historia feudal do Japão e por ser a historia do maior samurai que ja existiu e suas lições de moral é surpreendentemente exelente. Então vou falar um pouco mais sobre Musashi, trechos otimos do livro, suas lições de vida para hoje e muito mais coisas.

            Era Tokugawa (1603-1868) Miyamoto Musashi (1584-1645) é um dos heróis nacionais do Japão. Vivendo num período histórico de transição, em que os tradicionais métodos dos samurais eram aos poucos substituídos por armas de fogo (ainda primitivas), ele simbolizou o auge do bushido (caminho do guerreiro), no qual um homem com uma espada na mão representava o máximo da realização individual.
Vários espadachins percorriam o país, alguns simplesmente procurando um adversário famoso como forma de promoção, outros realmente buscando aperfeiçoar sua técnica. Musashi era um destes aventureiros. Como narra na introdução de O Livro dos Cinco Anéis, nunca foi derrotado em combate, apesar de ter enfrentado mais de sessenta oponentes, algumas vezes mais de um simultaneamente.
Musashi nasceu na aldeia de Miyamoto, província de Mimasaka, e se chamava "Shinmen Musashi No Kami Fujiwara No Genshin". De seu pai, Shinmen Munisai, um "goushi" (pequeno fidalgo rural, algo entre um camponês e um samurai), teve as primeiras lições com a espada. Aos treze anos, travou seu primeiro duelo, vencendo o então famoso espadachim Arima Kihei.
Mas sua maior proeza talvez seja a de ter criado um estilo de luta com duas espadas, chamado Niten Ichi Ryu, onde seus discípulos e praticantes têm acesso aos katas e estratégias que o tornou imbatível pelos sessenta duelos. Vale lembrar que, apesar do estilo Niten Ichi Ryu ser conhecido pela luta com duas espadas, contém técnicas com a espada maior (tachi seiho), espada menor (kodachi seiho) e o bastão longo, o bojutsu.
Um dos fios condutores da narrativa de Musashi é exatamente o nascimento deste estilo, desde a primeira idéia, instintiva, até as poéticas considerações sobre a luta com duas armas.
Além de ter sido um duelista imbatível, Musashi também se dedicou a outras artes, como a pintura caligrafia e a escultura, e chegou a escrever livros sobre esgrima e estratégia.
Em 1643, ele se retirou em uma caverna conhecida como Reigandō, a oeste da cidade de Kumamoto. Como eremita escreveu o então seu tratado mais conhecido, o Livro dos Cinco Anéis ou “Gorin No Sho". "Go" significa cinco, "rin" significa anéis, e "sho" significa escrito, pergaminho ou livro. Concluiu no segundo mês de 1645.
Em 1645, no décimo segundo dia do quinto mês (data japonesa), sentindo a aproximação da morte, Musashi liberou-se de suas posses materiais após entregar a cópia manuscrita do Livro dos Cinco Anéis a seu discípulo mais próximo, o irmão mais novo de Terao Magonojo. Nesse mesmo dia, Musashi escreveu o manuscrito Dokkōdō, o Caminho do Andarilho Solitário, em que descreve 21 princípios de vida. Ele faleceu em Kumamoto por volta do dia dezenove do quinto mês, segundo o calendário japonês da época.
A história de sua vida tornou-se uma lenda e forte inspiração para o imaginário japonês, inspirando diversas gravuras Ukiyo-e, livros, filmes, séries de TV, mangás e videogames.

(Retirado do Wikipedia)


           


"Musashi", o livro de Eiji Yoshikawa, publicado no Brasil pela editora Estação Liberdade, conta parte da vida de Miyamoto. A obra é inspirada em fatos históricos, mas não se prende aos mesmos, romanceando os aspectos históricos.
Grande parte dos personagens saiu da imaginação do autor, e mistura-se livremente com outros que realmente existiram. O esqueleto da narrativa, porém, segue a trajetória histórica do famoso espadachim. Começamos na batalha de Sekigahara e acompanhamos Musashi por sua peregrinação e vários de seus duelos, como contra Muso Gonnosuke, contra Shishido Baiken, os três duelos contra mestres e discípulos da academia Yoshioka, e o mais famoso de todos, contra Sasaki Kojiro na ilha de Ganryūjima.
Entre um duelo e outro conhecemos os dramas de personagens secundários como o amigo desorientado Hon'iden Matahachi, a vingativa velhinha Osugi, os discípulos mirins Joutaro e Iori, e o romance com Otsu, eternamente apaixonada por Musashi.
Musashi foi originalmente publicado em pequenos capítulos diários no jornal Asahi Shimbun, entre 1935 e 1939. A narrativa tem um estilo folhetinesco, cheio de encontros e desencontros, misturando uma longa história de amor com episódios de aventura, tudo recheado de coincidências.
A ação é muitas vezes surpreendente para o leitor acostumado com histórias ocidentais. Quando esperamos que Musashi acabasse com seus inimigos, ele prefere fugir. Quando achamos que não haverá combate, ele desembainha a espada. Quando tudo indica que o beijo dos apaixonados finalmente acontecerá, a mocinha amedronta-se.
Estes comportamentos inesperados talvez sejam fruto simplesmente de diferenças culturais, já que Musashi é, por natureza, um produto destinado ao grande público. Depois de aparecer em 1013 capítulos diários, foi transformado em livro e vendeu mais de cento e vinte milhões de exemplares no Japão.
Quem gosta de uma boa e leve aventura e não se intimida frente a milhares de páginas vai encontrar nos dois grossos volumes de Musashi muitas horas de diversão, além de poder aprender um pouco sobre a história e os costumes do Japão antigo.


            Hoje em dia existe varios livros que falam dos feitos, historia, exemplos de vida e essas coisas sobre Miyamoto Musashi, ou Shinmen Takezō (conhecido quando era criança, antes de ter sua mente aberta pelo seu grande amigo e conselheiro, monge Takuan); Miyamoto Bennosuke; Niten Dōraku; Shinmen Musashi no Kami Fujiwara no Genshin (seu nome completo original)
*Nota: Musashi é escrito na forma de kanji, da mesma forma que escreve Takezō.
            Exemplos é o livro de Eiji, Musashi; William Scott Wilson, O Samurai; Miyamoto Musashi, O Livro dos Cinco Anéis; Takehiko Inoue, manga Vagabond; Toshiro Mifune, protagonista de vários filmes com o Musashi.
           
            Algumas de suas frases contidas no livro de Eiji são:


            “A água é submissa, mas tudo conquista. A água extingue o fogo ou, diante de uma provável derrota, escapa como vapor e se refaz. A água carrega a terra macia, ou quando se defronta com rochedos, procura um caminho ao redor. A água corroí o ferro ate que ele se desintegra em poeira; satura tanto a atmosfera que leva a morte o vento. A água da lugar aos obstáculos com aparente humildade, pois nenhuma força pode impedi-la de seguir seu curso traçado para o mar. A água conquista pela submissão; jamais ataca, mas sempre ganha a ultima batalha” (pag. 149)
            “A vitoria é como a lua refletida num lago: tentar agarrá-la, confiando excessivamente em sua própria sabedoria e força, significava quase sempre afogar-se nas águas e perder a vida.” (pag. 773)
            “Por esse exemplo se via a importância da qualidade, tanto de plantas como dos seres humanos. Pessoas havia que davam flores uma vida inteira, depois de mortas, seriam capazes de se transformar em lenha perfumada, como as peônias?” (pag. 796)
            “Nunca se oponha aos caminhos do mundo” (pag. 1187)
           


“A enxada também é uma espada,
            Assim como
            A espada é também uma enxada.
            Na lavoura não se esqueçam da rebelião,
            Mas rebelados, não se esqueçam da lavoura.
            Dispersos, voltem sempre a unir-se.
            E lembre-se ainda:
            Os caminhos do mundo não podem ser contraídos.”
            (pag. 1207)
            “Prover apenas o próprio sustento e morrer é o destino de pássaros e animais selvagens.” (pag. 1215)
            “Não perca tempo e energia querendo ser igual a esse ou aquele homem. Em vez disso, veja se consegue ser uma personalidade solida inabalável. Se conseguir, não terá de se preocupar em impressionar as pessoas, pois elas o olharão com respeito naturalmente.” (pag. 1220)




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