Miyamoto Musashi --> 宮本武蔵
Musashi (1584-1645) foi um grande samurai que viveu na era da transição
da era feudal (quando usava espadas como arma) para o inicio da era moderna (as
primeiras armas de fogo). Criador do estilo Niten Ichi
Ryu (ou Hyoho Niten Ichi Ryu Kenjutsu),
que era a técnica de lutar com uma arma chamada jitte, ou como alguns podem
dizer bokutos. Hoje conhecida como Kenjutsu.
Miyamoto Musashi escreveu uma
obra chamada “O livro dos Cinco Aneis”, que ainda hoje é comercializada, Eiji
Yoshikawa escreveu um livro sobre a historia de Musashi, romanceada, separada
em dois volumes, com no total 1808 paginas (que onde estou na pagina 1265),
varias partes do livro de Eiji é ficção, mas recomendo ele por ser um bom livro
sobre a historia feudal do Japão e por ser a historia do maior samurai que ja
existiu e suas lições de moral é surpreendentemente exelente. Então vou falar
um pouco mais sobre Musashi, trechos otimos do livro, suas lições de vida para
hoje e muito mais coisas.
Era Tokugawa
(1603-1868) Miyamoto
Musashi (1584-1645) é um dos heróis nacionais do Japão.
Vivendo num período histórico de transição, em que os tradicionais métodos dos samurais
eram aos poucos substituídos por armas de fogo
(ainda primitivas), ele simbolizou o auge do bushido
(caminho do guerreiro),
no qual um homem com uma espada na mão representava o máximo da realização
individual.
Vários
espadachins percorriam o país, alguns simplesmente procurando um adversário
famoso como forma de promoção, outros realmente buscando aperfeiçoar sua
técnica. Musashi era um destes aventureiros. Como narra na introdução de O Livro dos Cinco Anéis, nunca foi
derrotado em combate, apesar de ter enfrentado mais de sessenta oponentes,
algumas vezes mais de um simultaneamente.
Musashi nasceu na aldeia de Miyamoto, província de Mimasaka, e se chamava
"Shinmen Musashi No Kami Fujiwara No Genshin". De seu pai, Shinmen Munisai, um
"goushi" (pequeno fidalgo rural, algo entre um camponês
e um samurai), teve as primeiras lições com a espada. Aos treze anos, travou
seu primeiro duelo, vencendo o então famoso espadachim Arima Kihei.
Mas sua maior proeza talvez seja a de ter criado um estilo
de luta com duas espadas, chamado Niten Ichi
Ryu, onde seus discípulos e praticantes têm acesso aos katas e
estratégias que o tornou imbatível pelos sessenta duelos. Vale lembrar que,
apesar do estilo Niten Ichi Ryu ser conhecido pela luta com duas espadas,
contém técnicas com a espada maior (tachi seiho), espada menor (kodachi seiho)
e o bastão longo, o bojutsu.
Um dos fios
condutores da narrativa de Musashi é exatamente o nascimento deste estilo,
desde a primeira idéia, instintiva, até as poéticas considerações sobre a luta
com duas armas.
Além de ter sido um duelista imbatível, Musashi também se
dedicou a outras artes, como a pintura caligrafia e a escultura, e chegou a escrever livros sobre esgrima
e estratégia.
Em 1643, ele se retirou em uma caverna
conhecida como Reigandō, a oeste da cidade de Kumamoto.
Como eremita escreveu o então seu tratado mais conhecido, o Livro dos Cinco Anéis ou “Gorin No
Sho". "Go" significa cinco, "rin" significa anéis, e
"sho" significa escrito, pergaminho ou livro. Concluiu no segundo mês
de 1645.
Em 1645, no décimo segundo
dia do quinto mês (data japonesa), sentindo a aproximação da morte, Musashi liberou-se
de suas posses materiais após entregar a cópia manuscrita
do Livro dos Cinco Anéis a seu discípulo mais próximo, o irmão mais novo de Terao Magonojo. Nesse
mesmo dia, Musashi escreveu o manuscrito Dokkōdō,
o Caminho do Andarilho Solitário, em que descreve 21 princípios de vida. Ele
faleceu em Kumamoto
por volta do dia dezenove do quinto mês, segundo o calendário japonês da época.
A história de sua vida tornou-se uma lenda e forte
inspiração para o imaginário japonês, inspirando diversas gravuras Ukiyo-e,
livros, filmes, séries de TV, mangás e videogames.
(Retirado do Wikipedia)
"Musashi", o livro de Eiji
Yoshikawa, publicado no Brasil pela editora Estação Liberdade, conta parte da
vida de Miyamoto. A obra é inspirada em fatos históricos, mas não se prende aos
mesmos, romanceando os aspectos históricos.
Grande
parte dos personagens saiu da imaginação
do autor, e mistura-se livremente com outros que realmente existiram. O
esqueleto da narrativa,
porém, segue a trajetória histórica do famoso espadachim. Começamos na batalha de Sekigahara e acompanhamos
Musashi por sua peregrinação e vários de seus duelos, como contra Muso Gonnosuke, contra Shishido Baiken, os três
duelos contra mestres e discípulos da academia Yoshioka, e o mais famoso
de todos, contra Sasaki Kojiro na ilha de Ganryūjima.
Entre um duelo e outro conhecemos os dramas de personagens
secundários como o amigo desorientado Hon'iden Matahachi, a
vingativa velhinha Osugi, os discípulos
mirins Joutaro e Iori,
e o romance
com Otsu,
eternamente apaixonada por Musashi.
Musashi foi originalmente publicado em pequenos capítulos
diários no jornal Asahi Shimbun, entre 1935 e 1939. A narrativa tem um
estilo folhetinesco, cheio de encontros e desencontros, misturando uma longa
história de amor com episódios de aventura,
tudo recheado de coincidências.
A ação é muitas vezes surpreendente para o leitor acostumado com
histórias ocidentais. Quando esperamos que Musashi acabasse com seus inimigos,
ele prefere fugir. Quando achamos que não haverá combate, ele desembainha a
espada. Quando tudo indica que o beijo dos apaixonados finalmente acontecerá, a
mocinha amedronta-se.
Estes
comportamentos inesperados talvez sejam fruto simplesmente de diferenças
culturais, já que Musashi é, por natureza, um produto destinado ao grande
público. Depois de aparecer em 1013 capítulos diários, foi transformado em
livro e vendeu mais de cento e vinte milhões de exemplares no Japão.
Quem gosta de uma boa e leve aventura e não se intimida
frente a milhares de páginas vai encontrar nos dois grossos volumes de Musashi
muitas horas de diversão, além de poder aprender um pouco sobre a história e os costumes do Japão antigo.
Hoje em
dia existe varios livros que falam dos feitos, historia, exemplos de vida e
essas coisas sobre Miyamoto Musashi, ou Shinmen Takezō (conhecido quando era criança, antes de ter
sua mente aberta pelo seu grande amigo e conselheiro, monge Takuan); Miyamoto
Bennosuke; Niten Dōraku; Shinmen Musashi no Kami Fujiwara no Genshin (seu nome
completo original)
*Nota: Musashi é escrito na forma de kanji, da mesma forma
que escreve Takezō.
Exemplos é
o livro de Eiji, Musashi; William Scott Wilson, O Samurai; Miyamoto Musashi, O
Livro dos Cinco Anéis; Takehiko Inoue, manga Vagabond; Toshiro Mifune,
protagonista de vários filmes com o Musashi.
Algumas de
suas frases contidas no livro de Eiji são:
“A água é
submissa, mas tudo conquista. A água extingue o fogo ou, diante de uma provável
derrota, escapa como vapor e se refaz. A água carrega a terra macia, ou quando
se defronta com rochedos, procura um caminho ao redor. A água corroí o ferro
ate que ele se desintegra em poeira; satura tanto a atmosfera que leva a morte
o vento. A água da lugar aos obstáculos com aparente humildade, pois nenhuma
força pode impedi-la de seguir seu curso traçado para o mar. A água conquista
pela submissão; jamais ataca, mas sempre ganha a ultima batalha” (pag. 149)
“A vitoria
é como a lua refletida num lago: tentar agarrá-la, confiando excessivamente em
sua própria sabedoria e força, significava quase sempre afogar-se nas águas e
perder a vida.” (pag. 773)
“Por esse
exemplo se via a importância da qualidade, tanto de plantas como dos seres
humanos. Pessoas havia que davam flores uma vida inteira, depois de mortas,
seriam capazes de se transformar em lenha perfumada, como as peônias?” (pag.
796)
“Nunca se
oponha aos caminhos do mundo” (pag. 1187)
“A enxada também é uma espada,
Assim como
A espada é
também uma enxada.
Na lavoura
não se esqueçam da rebelião,
Mas
rebelados, não se esqueçam da lavoura.
Dispersos,
voltem sempre a unir-se.
E lembre-se
ainda:
Os caminhos
do mundo não podem ser contraídos.”
(pag. 1207)
“Prover
apenas o próprio sustento e morrer é o destino de pássaros e animais
selvagens.” (pag. 1215)
“Não perca
tempo e energia querendo ser igual a esse ou aquele homem. Em vez disso, veja
se consegue ser uma personalidade solida inabalável. Se conseguir, não terá de
se preocupar em impressionar as pessoas, pois elas o olharão com respeito
naturalmente.” (pag. 1220)
Nenhum comentário:
Postar um comentário